segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dia S.Martinho

Dia de S. Martinho
    O Dia de S. Martinho comemora-se a 11 de Novembro.
    Neste dia, no nosso país, assam-se as castanhas e prova-se o vinho novo.

    A tradição manda que o dia de S. Martinho se festeje com castanhas, água-pé (para os mais crescidos), uma fogueira para saltar (quem quiser) e bom convívio.


  • O Dia de S. Martinho faz-nos lembrar a sua lend

    O "Verão" de S. Martinho também é conhecido por "Verão dos Marmelos".


  • Magusto:
    É a festa em que se assam as castanhas (que se recolhem nesta altura) e se convive. Tem a ver com o momento em que, depois da vindimas, nos meses de Setembro e Outubro, o vinho está pronto e se prova.

  • Dois provérbios:
    - No dia de S. Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho. ou
    - No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
    - No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.

  • Assar castanhas:

    Como se preparam as castanhas para assar?
    - Molham-se (não tem que ser, mas ajuda a que o sal agarre).
    - Dá-se um golpe em cada uma (retalhar).
    - Põe-se sal.
    - Põe-se um pouco de erva-doce (dá um sabor muito bom).
    - Põem-se dentro do fogareiro (ou num tabuleiro no forno, ou no calor de uma fogueira).

    Quanto tempo demoram as castanhas a assar?
    Um quarto de hora, aproximadamente.

  • A castanha:
    A castanha é um fruto que vem de uma árvore: o castanheiro. Um conjunto de castanheiros chama-se souto.

    No norte de Portugal é que os castanheiros se dão melhor, e é de lá que vêm as castanhas para vender no País todo.

    A castanha está na árvore protegida por uma bola cheia de picos que se chama "ouriço". Quando chega o Outono, o ouriço abre e deixa cair a castanha no chão.

    Antes de a batata chegar à Europa e se espalhar por todo o lado (séc. XVII), a castanha era a base da alimentação, especialmente no campo.

    Pode cozer-se, assar-se, fazer-se em puré, fazer-se sopa com ela, doce, etc.
Lenda do São Martinho
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França.

Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.

Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.

De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.

Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.

Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.

É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Camilo Castelo Branco

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825, na freguesia dos Mártires, num prédio da Rua da Rosa, actualmente com os nºos 5 a 13. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, foi baptizado na Igreja dos Mártires a 14 de Abril de 1825. Os seus padrinhos foram o dr. José Camilo Ferreira Botelho, de Vila Real, e Nossa Senhora da Conceição.

Camilo foi registado como filho de mãe incógnita, pelo que se diz, porque o seu pai e a sua avó não queriam que o nome Castelo Branco estivesse envolvido com alguém de tão humilde condição. A morte do pai obrigou-o a ir viver para Trás-os-Montes. Como era uma criança sensível e muito inteligente, vai sofrer grandes perturbações com todos os acontecimentos da sua infância. Ao longo da sua existência revelou-se um falhado nos estudos e nos amores. As vicissitudes da vida fazem-lhe despoletar a ideia de que a fatalidade e a desgraça são destinos a que não pode escapar. Foi um profissional das letras multifacetado, cuja obra o posicionou com uma das figuras mais eminentes da literatura portuguesa. Suicidou-se a 1 de Junho de 1890, na freguesia de Ceide, Vila Nova de Famalicão.
http://www.sobe.pt/epages/2933-120726.sf/pt_PT/?ObjectPath=/Shops/2933-120726/Categories/Bibliotecas_Escolares/Filmes&ViewAction=View
Caros colegas do JI até ao 2º ciclo,solicito uma visita no site sobe
A equipa da BE/CRE

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Dia Mundial da Alimentação

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Os objetivos do Dia Mundial da Alimentação são:

·         Alertar para a necessidade da produção alimentar e reforçar a necessidade de parcerias a vários níveis;

·         Alertar para a problemática da fome, pobreza e desnutrição no mundo;

·         Reforçar a cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento;

·         Promover a transferência de tecnologias para os países em desenvolvimento;

·         Encorajar a participação da população rural, na tomada de decisões que influenciem as suas condições de vida.
 

·         O Dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de outubro de cada ano para comemorar a criação em 1945 da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O objetivo do Dia Mundial da Alimentação é conscientizar o conjunto da humanidade sobre a difícil situação que enfrentam as pessoas que passam fome e estão desnutridas, e promover em todo o mundo a participação da população na luta contra a fome. Todos os anos, mais de 150 países celebram este evento. Nos Estados Unidos, 450 organizações voluntárias nacionais e privadas patrocinam o Dia Mundial da Alimentação e em quase todas as comunidades existem grupos locais que participam ativamente. Durante o Dia Mundial da Alimentação, celebrado pela primeira vez em 1981, ressalta-se cada ano um tema em que se focalizam todas as atividades.


·         A celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida mais tarde, em Novembro de 1979, pelos países membros na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura.

·         Uma das iniciativas relacionadas é a Campanha TeleFood, que utiliza programas de televisão e rádio, concertos, chamadas de prsonalidades famosas, eventos esportivos e outros acontecimentos para transmitir a mensagem de que é hora de se fazer algo para resolver o problema da fome no mundo. O objetivo do TeleFood é fomentar a conscientização e mobilizar recursos para microprojetos de segurança alimentar

 

 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O que se comemora dia 12 de outubro



Todos os países hispanohablantes comemoram no dia 12 de outubro, o Dia da Hispanidade. Essa data marca o descobrimento da América por Cristóvão Colombo.
A semana do dia 12 de outubro une os povos latinoamericanos e espanhóis a favor de diversas comemorações da cultura hispânica. Até o século XV, Europa e América eram 2 mundos distintos, cada uma desenvolvia-se separadamente sem saber da existência da outra, e os povos pré-colombianos e os índios das Américas desenvolviam-se também separadamente uns dos outros.
 

No dia 12 de outubro de 1492 Colombo avistou terra e desde essa data, o mundo mudou completamente, o velho mundo (a Europa) e o novo mundo (América) encontraram-se. Desembarcaram pela primeira vez nas costas da ilha Guanahani, que Colombo baptizou de San Salvador. O primeiro contacto com os índios nativos foi pacífico, houve até troca de presentes. Logo depois, os espanhóis resolveram fundar o seu primeiro povoado, o local escolhido foi as Ilhas de Cuba e Haiti, onde foi fundado o Forte Navidad.
                                                 

Fonte: Enciclopédia Geral da Espanha
 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Guião de pesquisa de informação e de redação de trabalhos escritos

Escola 2,3/S  Miguel Torga -Sabrosa

BIBLIOTECA ESCOLAR – BE-2º e 3º Ciclos e Secundário

 
Equipa da Biblioteca Escolar
Guião de pesquisa de informação e de redação de trabalhos escritos
Este guião vai ajudar-te a elaborar os teus trabalhos escolares, aprendendo a procurar, selecionar e organizar a informação necessária.




 
Equipa da Biblioteca Escolar

 

1.   ESCOLHA DO TEMA

-Se o tema é proposto pelo professor, tens de compreender muito bem o

que se pretende.

-Se és tu a escolher o tema, considera o seguinte:
 

• A tua capacidade: não escolhas temas muito difíceis ou vastos; escolhe um tema de que gostes/ que tenha a ver com os teus interesses;

• A informação disponível: verifica se a informação de que precisas está ou não disponível na Biblioteca, antes de escolheres os temas;

• O tempo de que dispões: se tiveres pouco tempo, escolhe um tema mais simples e acessível.

 
2.   RECOLHA DA INFORMAÇÃO

      ONDE E O QUE RECOLHER?

Depois de escolhido o tema, deves procurar saber que fontes (documentos que contêm as informações de que precisas) tens ao teu dispor. Na BE encontras:

• Dicionários;

• Enciclopédias;

• Livros especializados sobre vários temas;

• Jornais ou revistas;

• Trabalhos feitos por alunos/ turmas;

• Internet.

3.   COMO RECOLHER?

Podes e deves recolher a informação de várias formas:

• Tomada de notas

• Pequenos resumos

• Palavras-chave

• Esquemas ou planos

Deves guardar a informação no papel e/ou na pen.

 

4.   O PLANO DO TRABALHO

 

OBJECTIVO: organizar as ideias recolhidas na etapa anterior.

ORGANIZAÇÃO: o plano do trabalho deve ser organizado tendo em conta os seguintes aspetos:

• Seleção da informação mais importante eliminação dos aspetos menos relevantes;

• Ordenar a informação por uma sequência lógica (divisão do trabalho em  capítulos e/ou subcapítulos).

5.   A REDACÇÃO DO TRABALHO

Apresentação do trabalho

Podes apresentar os teus trabalhos de várias formas:

• Texto escrito;

• Apresentação oral;

• Apresentação multimédia;

• Representação / dramatização de textos;

• …

6.   A ordenação do trabalho

De modo geral, exceto se o teu professor te indicar uma estrutura diferente, os trabalhos escritos deverão seguir esta ordem:

Capa;

• Índice;

• Introdução;

• Desenvolvimento;

• Conclusão;

• Bibliografia consultada;

• Anexos (facultativo).

 

      Capa

Tem de incluir:

• Nome da escola;

• Título do trabalho;

• Nome da disciplina;

• Identificação do aluno (nome, ano, turma, número);

• Data e ano letivo;

• Imagem ou fotografia relativa ao tema do trabalho.

 

 

      Índice

      Listagem numerada de todos os títulos e subtítulos utilizados ao longo do trabalho. Deves indicar o número da página onde é desenvolvido cada título.

• A numeração começa na folha do índice, que terá assim o número um.

 

ü Introdução
• Informação sobre o tema a tratar, podes apontar os motivos da tua escolha do tema, as dificuldades sentidas na realização do trabalho e a importância e vantagens de estudar esse assunto, bem como outras informações que aches úteis.


ü Desenvolvimento

Este é o corpo do trabalho, a sua parte central.

• É escrito tendo por base as informações recolhidas e deve ser

apresentado em forma de TEXTO e não por tópicos.

• É divisível em capítulos e subcapítulos.

• Pode ser ilustrado com fotos, desenhos, esquemas, mapas, etc.

• Podem ser feitas CITAÇÕES dos autores, livros, sítios da Internet,

(etc.) consultados. Estas devem ser curtas e estar destacadas

entre aspas ( “…”).

Não se pode fazer simplesmente COPY PASTE, nem da Internet,nem de nenhum outro documento! Isso é errado, ilegal e prejudica seriamente a avaliação do teu trabalho.

7.   Conclusão

É o final do trabalho:

• Deve ser breve e conter uma síntese do assunto que se desenvolveu ao longo do trabalho.

8.   Bibliografia e anexos

• A bibliografia surge no final do trabalho e deve ser feita de

acordo com uma determinada ordem.

• Os anexos podem ser mapas, gravuras, fichas, inquéritos,

gráficos e outros documentos. Servem para completar as

afirmações feitas ao longo do trabalho. NÃO SÃO OBRIGATÓRIOS.

 

Isabel Allende

02/08/1942, Lima, Peru

 

 

 

[creditofoto]
 
Isabel Allende consagrou-se com A Casa dos Espíritos que mescla política e crônica familiar

"O meticuloso exercício da escrita pode ser a nossa salvação." Essa frase de Isabel Allende, em seu livro "Paula", talvez dê uma pista sobre o significado da literatura para a escritora.

Isabel Allende, filha de diplomata e sobrinha do presidente chileno
Salvador Allende, nasceu no exterior, mas tem nacionalidade chilena. Trabalhou como jornalista em periódicos, em revistas femininas e na televisão antes de publicar seus livros. Também foi colaboradora da FAO (Food and Agriculture Organization, órgão das Nações Unidas) em Santiago do Chile.

Após o golpe do general e a morte de Salvador Allende, em 1973, o clima de terror obrigou-a a abandonar o Chile com a família e buscar refúgio na
Venezuela. Em Caracas, trabalhou como repórter do jornal "El Nacional" e como professora de idiomas numa escola pública. Escreveu histórias infantis, além de algumas peças teatrais. Depois de se divorciar do primeiro marido, Miguel Frías, Isabel Allende mudou-se para a Califórnia (EUA), onde, em 1988, se casou com o americano Willie Gordon.

Isabel atribui seu êxito como escritora ao célebre poeta chileno
Pablo Neruda, que no inverno de 1973 aconselhou-a a abandonar seu trabalho como repórter para se dedicar a escrever livros de ficção. Ela não levou muito a sério a sugestão, e demorou quase dez anos para transformar a idéia em realidade.

Seu primeiro romance, "A Casa dos Espíritos" (de 1982, adaptado ao cinema em 1993), foi bem recebido pela crítica, e colocou o nome de Isabel na tradição literária do realismo mágico de
Gabriel García Márquez. As crônicas familiares misturadas à política também deram o tema ao seu romance seguinte, "De amor e de sombra" (1984). Seguiram-se "Eva Luna" (1985), "Histórias de Eva Luna" (contos, 1989), "Paula" (sobre a doença e morte de sua filha, 1991), "Plano infinito" (1993), "Afrodite" (histórias e receitas afrodisíacas, 1994) e "Filhas da fortuna" (1999).

Sua fama de escritora, aliada à sua condição de refugiada, fizeram dela palestrante requisitada nos Estados Unidos e Europa. Foi também professora universitária de literatura na Universidade de Berkeley, entre outras. É considerada a mais famosa romancista contemporânea da América Latina. Atualmente, continua morando nos EUA.

 

Se imaginamos um caminho, acreditamos ser possível percorrê-lo.



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Entre as conversas e as palavras que se vão soltando das ideias e se instalam no papel, percebemos que uma das vertentes da nossa função como educadores deve contemplar a noção de que, ao contar de uma história, as palavras também se escrevem com o coração e lêem-se com a boca toda.
Nos nossos dias, são inquestionáveis e tornam-se vitais as interdependências entre os mecanismos de desenvolvimento da saúde, da higiene, da literacia, uns em sequência dos outros.
O impacto da cárie dentária no dia‐a-dia da população é subtil mas penetrante, influenciando a alimentação, o sono, o estudo e os papéis sociais. A sua prevalência e o sinal recorrente com que se manifesta constituem problemas sérios de saúde da população infantil e juvenil, sendo mesmo considerada uma epidemia silenciosa.
A Direccão-Geral de Saúde, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares celebraram, em Julho de 2011, um protocolo que visa desenvolver acções de promoção da leitura, da felicidade, do saber e da saúde, no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, Plano B.
Criámos em conjunto com uma série de parceiros privados, materiais e actividades de leitura e da aprendizagem, com que queremos contribuir para a alteração dos comportamentos ligados à saúde oral. A integração curricular, já testada com sucesso em outros países e contextos, [múltiplos estudos demonstram que os alunos aprendem melhor quando a aprendizagem está interligada] vai permitir aos alunos abordarem as diversas áreas temáticas de uma forma mais rica, competente e eficaz: unidades ou projetos baseados em saúde oral podem fornecer contextos intencionais para aprender e praticar a arte da linguagem, da escrita, capacidades matemáticas e criativas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Nunca é demais relembrar.



10 de outubro, assinala-se o Dia Mundial contra a Pena de Morte





 

Autor: Joana Teles
Quarta, 10 Outubro 2012 00:00
 
Hoje, 10 de outubro, assinala-se o Dia Mundial Contra a Pena de Morte, uma data que pretende defender a vida, pedra basilar dos direitos humanos. Hoje, celebra-se também o Dia Mundial da Saúde Mental.
O primeiro Dia Mundial Contra a Pena de Morte foi celebrado em 2003, em resultado de uma iniciativa de organizações não-governamentais internacionais, organizações jurídicas e governos locais de todo o mundo.
Desde então, diversas organizações de países de todo o mundo levam a cabo ações de sensibilização contra a pena de morte, através da coordenação de esforços de pressão internacional, para sensibilizar os estados que ainda aplicam esta pena.
A Organização das Nações Unidas, na Assembleia Geral de 2007, também repudiou a legalidade e uso da pena capital, incentivando os países a tomarem medidas.
A União Europeia concordou com a decisão da ONU e, atualmente, todos os países consideram a pena de morte ilegal. E Portugal foi o primeiro país do mundo a abolir a pena de morte na Lei Constitucional, após a reforma penal de 1867.
A esse propósito, o poeta francês, estadista e ativista pelos direitos humanos, Victor Hugo escreveu: “Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida!”.
Hoje, no Dia Mundial Contra a Pena de Morte, assinala-se esta lição que Portugal deu ao mundo e, acima de tudo, na defesa do direito à vida.
Nasceram a 10 de outubro Antoine Watteau, pintor francês (1684), Lambert Sigisbert Adam, escultor francês (1700), Henry Cavendish, cientista britânico (1731), Giuseppe Verdi, compositor de óperas italiano (1813), David Lee Roth, músico norte-americano, vocalista dos Van Halen (1954) e Miguel Falabella, ator e diretor brasileiro (1956).
Morreram neste dia Abel Tasman, navegador e explorador holandês, que descobriu a Tasmânia (1659), Hermann Einstein, pai do cientista Albert Einstein (1902), Edith Piaf, cantora francesa (1963), Orson Welles, cineasta e ator norte-americano (1985), Christopher Reeve, ator norte americano, o mais famoso Super-Homem do cinema (2004) e Solomon Burke, cantor e compositor norte-americano (2010).

ABOLIÇÂO DA PENA DE MORTE EM PORTUGAL
(Lei de 1 de Julho de 1867)
Síntese histórica
A abolição da pena de morte para os crimes políticos foi proposta na sessão de 10 de Março de 1852 da Câmara dos Deputados, em Aditamento ao Ato Adicional à Carta Constitucional. Iniciada a discussão em 29 de Março, as divergências incidiram apenas sobre o processo legislativo. Relativamente à questão de fundo, o representante do Governo sintetizou o que parecia corresponder ao sentimento unânime da Câmara: "...porque felizmente entre nós a pena de morte para os crimes políticos está abolida nos corações de todos; e se, porventura, aparecesse hoje entre nós, um Nero, ou um Calígula, não teria força para a impor; e ainda bem que damos ao mundo um exemplo de tolerância que muito nos honra".

A proposta foi aprovada e a abolição da pena de morte por crime político passou a constar do artigo 16º do Ato Adicional à Carta Constitucional (5 de Julho de 1852).

Sabe-se que, desde 1834, não fora executada pena capital pela prática de crime político.

A partir daí, a questão da abolição da pena de morte para os restantes crimes foi levada, por diversas vezes, às câmaras.

Na sessão de 3 de Julho de 1863, Ayres de Gouveia, depois de propor a supressão, no orçamento do Estado, do ofício de carrasco, apresentou uma proposta que visava a abolição da pena de morte em todos os crimes, incluindo os militares. Proposta bem acolhida e logo secundada por outra, assinada por vários deputados, cujo texto é o seguinte: "1º - Fica abolida a pena de morte; 2º - É extinto o hediondo ofício de carrasco; 3º - É riscada do orçamento do Estado a verba de 49$200 réis para o executor".

Não foi possível reunir consenso à roda da proposta nem nesta altura nem no ano seguinte mas, em 1867, viria a ser aprovada uma lei que aboliu a pena de morte para todos os crimes, excetuados os militares - Lei de 1 de Julho de 1867.

Relativamente a crimes do foro militar, a pena de morte manteve-se até ao Decreto com força de lei de 16 de Março de 1911 que a aboliu, vindo a Constituição de 1911 a prever que em nenhum caso poderia ser estabelecida tal pena.

Uns anos mais tarde, a participação de Portugal na guerra levaria, pela lei nº 635, de 28 de Setembro de 1916, a restabelecer a pena de morte para "caso de guerra com país estrangeiro, em tanto quanto a aplicação dessa pena seja indispensável, e apenas no teatro de guerra".

Com redação ligeiramente diferente, este regime vigorou até à Constituição de 1976 que, no nº 2 do artigo 24º, estabeleceu que "em caso algum haverá pena de morte".

O movimento abolicionista foi estimulado por disposições introduzidas nas leis judiciárias (Reforma Judiciária, Nova Reforma Judiciária e Novíssima Reforma Judiciária) que impunham o recurso obrigatório à clemência régia em todos os casos de sentenças capitais proferidas por tribunais portugueses.

A última execução de pena de morte por motivo de delitos civis ocorreu em Lagos, em Abril de 1846.

Curiosamente, remonta a 1 de Julho de 1772 a data em que é executada pela última vez uma mulher. Chamava-se Luísa de Jesus, tinha 22 anos e assassinara 33 expostos que ia buscar à roda de Coimbra, uns em seu nome, outros em nome suposto, para se locupletar com o enxoval e os 600 réis que correspondiam a cada entrega.

No que se refere a crimes militares, a última execução terá ocorrido em França, na pessoa de um soldado do Corpo Expedicionário Português, condenado por espionagem.

Portugal foi pioneiro na abolição da pena de morte e na renúncia à sua execução mesmo antes de abolida.

No colóquio internacional comemorativo do centenário da abolição da pena de morte, realizado em Coimbra, em 1967, Miguel Torga e Vergílio Ferreira falaram assim:

Miguel Torga:

"A tragédia do homem, cadáver adiado, como lhe chamou Fernando Pessoa, não necessita dum remate extemporâneo no palco. É tensa bastante para dispensar um fim artificial, gizado por magarefes, megalómanos, potentados, racismos e ortodoxias. Por isso, humanos que somos, exijamos de forma inequívoca que seja dado a todos os povos um código de humanidade. Um código que garanta a cada cidadão o direito de morrer a sua própria morte".

Vergílio Ferreira:

"...E acaso o criminoso não poderá ascender à maioridade que não tem? Suprimi-lo é suprimir a possibilidade de que o absoluto conscientemente se instale nele. Suprimi-lo é suprimir o Universo que aí pode instaurar-se, porque se o nosso "eu" fecha um cerco a tudo o que existe, a nossa morte é efetivamente, depois de mortos, a morte do universo".

A pena de morte no mundo

 
Nos fins de 1990, só 36 países tinham abolido a pena de morte, enquanto 27 a mantinham sem a aplicar e 99 a conservavam com plena eficácia.

Os números divulgados pela Amnistia Internacional relativos a 1995 mostram que foram executadas, naquele ano, no mínimo, 2932 pessoas, em 41 países, e condenadas à morte 4165 em 79 países.

No decurso do mesmo ano, a África do Sul aboliu a pena de morte para crimes comuns e as Ilhas Maurícias e a Espanha para todos os crimes.

Ainda segundo a Amnistia Internacional, no fim de 1995, mais de metade dos países tinha abolido a pena de morte na lei ou na prática.