segunda-feira, 22 de maio de 2017

Novidades na Biblioteca


Sinopse 
Numa sociedade imaginada, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama. E, nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação.
A protagonista desta história escolheu ter um poeta e um poeta não sai caro nem suja muito – como acontece com os pintores ou os escultores – mas pode transformar muita coisa. A vida desta menina nunca mais será igual...
Uma história sobre a importância da Poesia, da Criatividade e da Cultura nas nossas vidas, celebrando a beleza das ideias e das ações desinteressadas.





Sinopse 
Nos anos 60, Portugal vive a angústia de ver partir a sua juventude para a guerra. Fechado sobre si mesmo, é um país triste e retrógrado que contrasta com a explosão de vida na Europa. Neste ambiente, Ana, com dezoito anos, não consegue realizar os seus sonhos. Contra a vontade dos pais e confiante no amor, parte para Londres. Na capital inglesa, planeia uma nova vida, junto de quem mais ama, João Filipe, que fugira da Guerra Colonial. Mas estará Ana preparada para tão intensos desafios? Cristina Carvalho, escritora que a cada novo livro confirma uma originalidade admirável, surpreende com Ana de Londres, memória de uma juventude que escolheu a emancipação e ousou libertar-se das amarras de uma sociedade redutora. Com ilustrações do pintor Manuel San-Payo e prefácio de Miguel Real, este livro é um retrato de um tempo histórico que deixou profundas marcas na sociedade portuguesa.


Sinopse 

Com uma escrita simples, emocionante e cheia de humor, Eric-Emmanuel Schmitt narra a história de um menino judeu e de um velho merceeiro árabe. Momo, o menino judeu, vive sozinho com um pai frio e distante. O senhor Ibrahim, o velho merceeiro árabe, é acolhedor, simpático e disponível. Juntos, vivem uma série de aventuras e constroem uma amizade que ultrapassa todas as fronteiras. O Senhor Ibrahim e as flores do Alcorão é um livro para ler e reler, uma lição de sabedoria, de tolerância, de fatalismo e de bondade. Uma história de encanto irresistível, adequada a todas as idades.

















 










segunda-feira, 8 de maio de 2017

Ler e escrever é divertido!



A propósito da vinda à nossa escola do escritor Joaquim Vieira, coautor da coleção “Duarte e Marta”, os alunos do 5.º B, antecipadamente, iniciaram a leitura de um dos livros da coleção, “Ameaça no Vale do Douro” em trabalho de pares, nas aulas de Português. Assim, cada par de alunos elaborou o reconto de cada um dos capítulos e procedeu à sua ilustração, de forma criativa. Os trabalhos finais foram expostos no placard do Auditório da nossa Escola, aquando da visita do escritor e transpostos para a Biblioteca Escolar, onde ainda podem ser apreciados.

Os alunos do 6.º A também leram e estudaram a mesma obra e pesquisaram informações sobre os autores da coleção. Produziram textos originais, ilustraram-nos e elaboraram uma entrevista ao coautor Joaquim Vieira.

Os alunos gostaram destes trabalhos e ficaram entusiasmados com a coleção, tendo já lido, autonomamente os seis livros que a compõem.

As professoras
Margarida Barros
Fernanda Sousa


Textos e ilustrações produzidos pelos alunos do 5º B



Textos e ilustrações produzidos pelos alunos do 6º A

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Entrevista ao autor Joaquim Vieira (pelos alunos do 6.º A)




Antes de realizarmos a entrevista, o escritor e coautor da Coleção “Duarte e Marta” apresentou os dois protagonistas dos livros dessa mesma coleção. 







Reforçou a ideia de que todos nós, através dos livros, podemos viajar, conhecer paisagens, o país onde vivemos e aprender sempre mais. Acrescentou, ainda, que todas as aventuras vividas pelos dois jovens da Coleção são baseadas em factos verídicos.


  1. Quando era criança e jovem, gostava de ler? Porquê?
Sempre gostei de ler. O meu pai tinha uma biblioteca muito grande, com muitos livros. Eu tinha acesso livre, portanto, à biblioteca e podia ler o que quisesse, quando quisesse. Este facto não significa que tivesse previsto ser escritor, essa ideia apareceu mais tarde.

  1. Sendo jornalista, como surgiu a ideia de escrever literatura juvenil?
Tive a ambição de escrever livros, porque, enquanto jornalista, a língua portuguesa é usada para comunicar. Fui jornalista durante vinte e cinco anos. A partir de determinada altura, ocorreu-me a vontade de publicar “Portugal do século XX- Crónica em Imagens”, em dez volumes, um por cada década. Escrevi, mais tarde, biografias de figuras conhecidas.

  1. E como surgiu a inspiração ou colaboração com a jornalista Maria Inês Almeida?
Conheci a Maria Inês Almeida num projeto de televisão (também dirijo um programa de TV), falei com ela e descobri que ela também escrevera biografias (de Amália Rodrigues, Almeida Garrett, Michael Jackson, Amélia Rey Colaço e Almada Negreiros). Com o conhecimento mútuo, colocou-se a ideia de escrevermos juntos. Escrevemos juntos há mais ou menos quatro anos e meio. Além desta coleção de literatura juvenil, também escrevemos um livro sobre a História de Portugal.

  1. Porque escolheram os nomes “Duarte” e “Marta” para os heróis desta coleção?
Começámos a escrever o primeiro livro da Coleção sem nomes para os protagonistas. Entretanto, chegou o momento em que tínhamos de batizar os heróis da aventura, então, pegámos numa folha em branco e listámos diversos nomes de que gostávamos ambos, uma lista para os nomes masculinos e outra para os femininos. Escolhemos Duarte e Marta por uma questão de fonética, ambos ligavam-se bem oralmente. Penso que estes nomes curtos soam bem, têm vogais abertas agradáveis.

  1. Qual é o tempo médio que levam a escrever uma aventura do Duarte e Marte?
O primeiro livro foi mais demorado, porque foi necessário, inicialmente, definir como eram os dois jovens protagonistas, inseri-los no enredo, contextualizar toda a envolvência… Quanto aos livros seguintes, em média, demoramos cerca de dois meses. Cada um de nós escreve um capítulo à vez; juntamo-nos entretanto para uniformizarmos o estilo e melhorar o texto.

  1. Gosta de escrever para jovens? Porquê?
Escrever para jovens é muito estimulante, são diferentes das pessoas adultas. Com os jovens, temos que cuidar da linguagem, escrever numa linguagem mais acessível e criar uma história que mantenha a curiosidade do jovem na leitura. Como se encontram em fase de crescimento, também consideramos importante transmitir os valores da justiça, da igualdade, da tolerância e, para isso, devemos escolher muito bem as palavras.

  1. O que pensa da importância da leitura nos dias de hoje?
Ler é aprender, como já referi, é conhecer, é sonhar, é viajar, é crescer. Um jovem que tenha prazer em ler será um jovem mais bem preparado para o futuro e para conhecer o mundo; será uma pessoa mais bem formada.

      8. Conheceu a região do Alto Douro antes de escrever “Ameaça no Vale do Douro”?

Sim, já conhecia a região do Douro enquanto turista e jornalista. Tanto eu como a Inês Almeida gostamos de conhecer cada região onde se irão desenvolver as aventuras da Marta e do Duarte, para a descrevermos sem erros.
  
      9. Estão a pensar continuar a Coleção, depois de terem escrito, estes seis livros?

Sim, vamos escrever mais livros da Coleção. Neste momento, já estamos a pensar no próximo, deverá intitular-se, talvez, “O Robô Assassino”. Será um livro diferente com alguma ficção científica…. Ainda nos encontramos na fase da planificação.

      10. Qual foi o livro que mais gostou de escrever?

É muito difícil responder a esta pergunta… é como responder à questão: “Qual dos seus filhos gosta mais?” Um pai ama os filhos todos de forma igual. De qualquer maneira, no que toca aos livros, penso que estou sempre mais próximo do último que acabo de escrever.

      11. Gosta mais de ser jornalista ou escritor? Porquê?

Apaixonei-me pelo Jornalismo porque interagia mais com as pessoas.  Um jornalista sabe que a notícia que escreve hoje, no dia seguinte é passado, desapareceu. Optei, aos poucos, pelos livros, porque são objetos que perduram no tempo. Neste momento, estou a escrever a biografia de José Saramago, o nosso Prémio Nobel de Literatura. Sabiam que ele era um leitor compulsivo? Antes de escrever, tenho que fazer uma pesquisa prévia, para poder escrever de acordo com os dados e os factos que recolho. Por exemplo, escrevi a de Salazar, numa perspetiva objetiva, rigorosa e histórica. Aliás, até fui preso político, por ser contra o regime político de então. Nunca pensei escrever poesia, é muito difícil, poderei tentar, algum dia, o romance, mas não a Poesia. Gosto muito de escrever biografias.

      12. Que conselho(s) daria a um jovem que quisesse escrever?

Dir-lhe-ia para ler, ler e ler muito. Também lhe diria para fazer muitas experiências de escrita, procurando um domínio grande e seguro da nossa língua materna e ir criando um estilo pessoal, próprio; principalmente, nunca desistir. Escrever, pois, implica esforço e um grande domínio da língua portuguesa.