segunda-feira, 19 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
A BE/CRE solita a participação dos alunos com ajuda dos vossos professores à elaboração de um filme:
http://www.cpc.tcontas.pt/concurso/imagens_contra_a_corrupcao.html
http://www.cpc.tcontas.pt/concurso/imagens_contra_a_corrupcao.html
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Camilo Castelo Branco
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de Março de
1825, na freguesia dos Mártires, num prédio da Rua da Rosa, actualmente com os
nºos 5 a 13. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo
Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo
Ferreira, foi baptizado na Igreja dos Mártires a 14 de Abril de 1825. Os
seus padrinhos foram o dr. José Camilo Ferreira Botelho, de Vila Real, e Nossa
Senhora da Conceição.
Camilo foi registado como filho de mãe incógnita, pelo que se diz, porque o seu pai e a sua avó não queriam que o nome Castelo Branco estivesse envolvido com alguém de tão humilde condição. A morte do pai obrigou-o a ir viver para Trás-os-Montes. Como era uma criança sensível e muito inteligente, vai sofrer grandes perturbações com todos os acontecimentos da sua infância. Ao longo da sua existência revelou-se um falhado nos estudos e nos amores. As vicissitudes da vida fazem-lhe despoletar a ideia de que a fatalidade e a desgraça são destinos a que não pode escapar. Foi um profissional das letras multifacetado, cuja obra o posicionou com uma das figuras mais eminentes da literatura portuguesa. Suicidou-se a 1 de Junho de 1890, na freguesia de Ceide, Vila Nova de Famalicão.
Camilo foi registado como filho de mãe incógnita, pelo que se diz, porque o seu pai e a sua avó não queriam que o nome Castelo Branco estivesse envolvido com alguém de tão humilde condição. A morte do pai obrigou-o a ir viver para Trás-os-Montes. Como era uma criança sensível e muito inteligente, vai sofrer grandes perturbações com todos os acontecimentos da sua infância. Ao longo da sua existência revelou-se um falhado nos estudos e nos amores. As vicissitudes da vida fazem-lhe despoletar a ideia de que a fatalidade e a desgraça são destinos a que não pode escapar. Foi um profissional das letras multifacetado, cuja obra o posicionou com uma das figuras mais eminentes da literatura portuguesa. Suicidou-se a 1 de Junho de 1890, na freguesia de Ceide, Vila Nova de Famalicão.
http://www.sobe.pt/epages/2933-120726.sf/pt_PT/?ObjectPath=/Shops/2933-120726/Categories/Bibliotecas_Escolares/Filmes&ViewAction=View
Caros colegas do JI até ao 2º ciclo,solicito uma visita no site sobe
A equipa da BE/CRE
Caros colegas do JI até ao 2º ciclo,solicito uma visita no site sobe
A equipa da BE/CRE
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Dia Mundial
da Alimentação
.
Os objetivos
do Dia Mundial da Alimentação são:
·
Alertar para
a necessidade da produção alimentar e reforçar a necessidade de parcerias a
vários níveis;
·
Alertar para
a problemática da fome, pobreza e desnutrição no mundo;
·
Reforçar a
cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento;
·
Promover a
transferência de tecnologias para os países em desenvolvimento;
·
Encorajar a
participação da população rural, na tomada de decisões que influenciem as suas
condições de vida.
·
O Dia Mundial da Alimentação
é celebrado no dia 16 de outubro de cada ano para comemorar a
criação em 1945 da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação (FAO). O objetivo do Dia Mundial da Alimentação é conscientizar o
conjunto da humanidade sobre a difícil situação que enfrentam as pessoas que
passam fome e estão desnutridas, e promover em todo o mundo a participação da
população na luta contra a fome. Todos os anos, mais de 150 países celebram
este evento. Nos Estados Unidos, 450 organizações voluntárias nacionais e
privadas patrocinam o Dia Mundial da Alimentação e em quase todas as
comunidades existem grupos locais que participam ativamente. Durante o Dia
Mundial da Alimentação, celebrado pela primeira vez em 1981, ressalta-se cada
ano um tema em que se focalizam todas as atividades.
·
A celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida mais
tarde, em Novembro de 1979, pelos países membros na 20ª Conferência da
Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura.
·
Uma das iniciativas relacionadas é a Campanha
TeleFood, que utiliza programas de televisão e rádio, concertos, chamadas de prsonalidades
famosas, eventos esportivos e outros acontecimentos para transmitir a mensagem
de que é hora de se fazer algo para resolver o problema da fome no mundo. O
objetivo do TeleFood é fomentar a conscientização e mobilizar recursos para
microprojetos de segurança alimentar
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
O que se comemora dia 12 de outubro
Todos os países hispanohablantes comemoram no dia 12 de outubro, o Dia da Hispanidade. Essa data marca o descobrimento da América por Cristóvão Colombo.
A semana do dia 12 de outubro une os povos latinoamericanos e espanhóis a favor de diversas comemorações da cultura hispânica. Até o século XV, Europa e América eram 2 mundos distintos, cada uma desenvolvia-se separadamente sem saber da existência da outra, e os povos pré-colombianos e os índios das Américas desenvolviam-se também separadamente uns dos outros.
No dia 12 de outubro de 1492 Colombo avistou terra e desde essa data, o mundo mudou completamente, o velho mundo (a Europa) e o novo mundo (América) encontraram-se. Desembarcaram pela primeira vez nas costas da ilha Guanahani, que Colombo baptizou de San Salvador. O primeiro contacto com os índios nativos foi pacífico, houve até troca de presentes. Logo depois, os espanhóis resolveram fundar o seu primeiro povoado, o local escolhido foi as Ilhas de Cuba e Haiti, onde foi fundado o Forte Navidad.
Fonte: Enciclopédia Geral da Espanha
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Guião de pesquisa de informação e de redação de trabalhos
escritos
Escola 2,3/S Miguel
Torga -Sabrosa
BIBLIOTECA ESCOLAR – BE-2º e 3º Ciclos e Secundário
Equipa da Biblioteca Escolar
Guião de pesquisa de informação e de redação de trabalhos escritos
Este guião vai ajudar-te a elaborar os teus trabalhos escolares, aprendendo a procurar, selecionar e organizar a informação necessária.
Equipa da Biblioteca
Escolar
1.
ESCOLHA DO TEMA
-Se o tema é proposto
pelo professor, tens de compreender muito bem o
que se pretende.
-Se és tu a escolher
o tema, considera o seguinte:
• A tua capacidade:
não escolhas temas muito difíceis ou vastos; escolhe um tema de que gostes/ que
tenha a ver com os teus interesses;
• A informação
disponível: verifica se a informação de que precisas está ou não disponível na
Biblioteca, antes de escolheres os temas;
• O tempo de que
dispões: se tiveres pouco tempo, escolhe um tema mais simples e acessível.
2.
RECOLHA DA INFORMAÇÃO
ONDE E O QUE RECOLHER?
Depois de escolhido o
tema, deves procurar saber que fontes (documentos que contêm as informações de
que precisas) tens ao teu dispor. Na BE encontras:
• Dicionários;
• Enciclopédias;
• Livros
especializados sobre vários temas;
• Jornais ou
revistas;
• Trabalhos feitos
por alunos/ turmas;
• Internet.
3.
COMO RECOLHER?
Podes e deves
recolher a informação de várias formas:
• Tomada de notas
• Pequenos resumos
• Palavras-chave
• Esquemas ou planos
Deves guardar a
informação no papel e/ou na pen.
4.
O PLANO DO TRABALHO
OBJECTIVO: organizar as ideias
recolhidas na etapa anterior.
ORGANIZAÇÃO: o plano do trabalho
deve ser organizado tendo em conta os seguintes aspetos:
• Seleção da
informação mais importante eliminação dos aspetos menos relevantes;
• Ordenar a
informação por uma sequência lógica (divisão do trabalho em capítulos e/ou subcapítulos).
5.
A REDACÇÃO DO TRABALHO
Apresentação do
trabalho
Podes apresentar os
teus trabalhos de várias formas:
• Texto escrito;
• Apresentação oral;
• Apresentação
multimédia;
• Representação /
dramatização de textos;
• …
6.
A ordenação do trabalho
De modo geral, exceto
se o teu professor te indicar uma estrutura diferente, os trabalhos escritos
deverão seguir esta ordem:
• Capa;
• Índice;
• Introdução;
• Desenvolvimento;
• Conclusão;
• Bibliografia consultada;
• Anexos (facultativo).
•
Capa
Tem de incluir:
• Nome da escola;
• Título do trabalho;
• Nome da disciplina;
• Identificação do
aluno (nome, ano, turma, número);
• Data e ano letivo;
• Imagem ou
fotografia relativa ao tema do trabalho.
•
Índice
•
Listagem
numerada de todos os títulos e subtítulos utilizados ao longo do trabalho. Deves
indicar o número da página onde é desenvolvido cada título.
• A numeração começa
na folha do índice, que terá assim o número um.
ü
Introdução
• Informação sobre o
tema a tratar, podes apontar os motivos da tua escolha do tema, as dificuldades
sentidas na realização do trabalho e a importância e vantagens de estudar esse
assunto, bem como outras informações
que aches úteis.
ü Desenvolvimento
Este é o corpo do
trabalho, a sua parte central.
• É escrito tendo por
base as informações recolhidas e deve ser
apresentado em forma
de TEXTO e não por tópicos.
• É divisível em
capítulos e subcapítulos.
• Pode ser ilustrado
com fotos, desenhos, esquemas, mapas, etc.
• Podem ser feitas
CITAÇÕES dos autores, livros, sítios da Internet,
(etc.) consultados.
Estas devem ser curtas e estar destacadas
entre aspas ( “…”).
• Não se pode
fazer simplesmente COPY PASTE, nem da Internet,nem de nenhum outro
documento! Isso é errado, ilegal e prejudica seriamente a avaliação do teu
trabalho.
7.
Conclusão
É o final do
trabalho:
• Deve ser breve e
conter uma síntese do assunto que se desenvolveu ao longo do trabalho.
8.
Bibliografia e anexos
• A bibliografia surge
no final do trabalho e deve ser feita de
acordo com uma
determinada ordem.
• Os anexos podem
ser mapas, gravuras, fichas, inquéritos,
gráficos e outros
documentos. Servem para completar as
afirmações feitas ao
longo do trabalho. NÃO SÃO OBRIGATÓRIOS.
Isabel
Allende
02/08/1942,
Lima, Peru
[creditofoto]
Isabel
Allende consagrou-se com A Casa dos Espíritos que mescla política e
crônica familiar
|
"O meticuloso exercício da escrita
pode ser a nossa salvação." Essa frase de Isabel Allende, em seu livro
"Paula", talvez dê uma pista sobre o significado da literatura para a
escritora.
Isabel Allende, filha de diplomata e sobrinha do presidente chileno Salvador Allende, nasceu no exterior, mas tem nacionalidade chilena. Trabalhou como jornalista em periódicos, em revistas femininas e na televisão antes de publicar seus livros. Também foi colaboradora da FAO (Food and Agriculture Organization, órgão das Nações Unidas) em Santiago do Chile.
Após o golpe do general e a morte de Salvador Allende, em 1973, o clima de terror obrigou-a a abandonar o Chile com a família e buscar refúgio na Venezuela. Em Caracas, trabalhou como repórter do jornal "El Nacional" e como professora de idiomas numa escola pública. Escreveu histórias infantis, além de algumas peças teatrais. Depois de se divorciar do primeiro marido, Miguel Frías, Isabel Allende mudou-se para a Califórnia (EUA), onde, em 1988, se casou com o americano Willie Gordon.
Isabel atribui seu êxito como escritora ao célebre poeta chileno Pablo Neruda, que no inverno de 1973 aconselhou-a a abandonar seu trabalho como repórter para se dedicar a escrever livros de ficção. Ela não levou muito a sério a sugestão, e demorou quase dez anos para transformar a idéia em realidade.
Seu primeiro romance, "A Casa dos Espíritos" (de 1982, adaptado ao cinema em 1993), foi bem recebido pela crítica, e colocou o nome de Isabel na tradição literária do realismo mágico de Gabriel García Márquez. As crônicas familiares misturadas à política também deram o tema ao seu romance seguinte, "De amor e de sombra" (1984). Seguiram-se "Eva Luna" (1985), "Histórias de Eva Luna" (contos, 1989), "Paula" (sobre a doença e morte de sua filha, 1991), "Plano infinito" (1993), "Afrodite" (histórias e receitas afrodisíacas, 1994) e "Filhas da fortuna" (1999).
Sua fama de escritora, aliada à sua condição de refugiada, fizeram dela palestrante requisitada nos Estados Unidos e Europa. Foi também professora universitária de literatura na Universidade de Berkeley, entre outras. É considerada a mais famosa romancista contemporânea da América Latina. Atualmente, continua morando nos EUA.
Isabel Allende, filha de diplomata e sobrinha do presidente chileno Salvador Allende, nasceu no exterior, mas tem nacionalidade chilena. Trabalhou como jornalista em periódicos, em revistas femininas e na televisão antes de publicar seus livros. Também foi colaboradora da FAO (Food and Agriculture Organization, órgão das Nações Unidas) em Santiago do Chile.
Após o golpe do general e a morte de Salvador Allende, em 1973, o clima de terror obrigou-a a abandonar o Chile com a família e buscar refúgio na Venezuela. Em Caracas, trabalhou como repórter do jornal "El Nacional" e como professora de idiomas numa escola pública. Escreveu histórias infantis, além de algumas peças teatrais. Depois de se divorciar do primeiro marido, Miguel Frías, Isabel Allende mudou-se para a Califórnia (EUA), onde, em 1988, se casou com o americano Willie Gordon.
Isabel atribui seu êxito como escritora ao célebre poeta chileno Pablo Neruda, que no inverno de 1973 aconselhou-a a abandonar seu trabalho como repórter para se dedicar a escrever livros de ficção. Ela não levou muito a sério a sugestão, e demorou quase dez anos para transformar a idéia em realidade.
Seu primeiro romance, "A Casa dos Espíritos" (de 1982, adaptado ao cinema em 1993), foi bem recebido pela crítica, e colocou o nome de Isabel na tradição literária do realismo mágico de Gabriel García Márquez. As crônicas familiares misturadas à política também deram o tema ao seu romance seguinte, "De amor e de sombra" (1984). Seguiram-se "Eva Luna" (1985), "Histórias de Eva Luna" (contos, 1989), "Paula" (sobre a doença e morte de sua filha, 1991), "Plano infinito" (1993), "Afrodite" (histórias e receitas afrodisíacas, 1994) e "Filhas da fortuna" (1999).
Sua fama de escritora, aliada à sua condição de refugiada, fizeram dela palestrante requisitada nos Estados Unidos e Europa. Foi também professora universitária de literatura na Universidade de Berkeley, entre outras. É considerada a mais famosa romancista contemporânea da América Latina. Atualmente, continua morando nos EUA.
Se imaginamos um caminho, acreditamos ser possível percorrê-lo.
Entre as conversas e as palavras que se vão soltando das ideias e se instalam no papel, percebemos que uma das vertentes da nossa função como educadores deve contemplar a noção de que, ao contar de uma história, as palavras também se escrevem com o coração e lêem-se com a boca toda.
Nos nossos dias, são inquestionáveis e tornam-se vitais as interdependências entre os mecanismos de desenvolvimento da saúde, da higiene, da literacia, uns em sequência dos outros.O impacto da cárie dentária no dia‐a-dia da população é subtil mas penetrante, influenciando a alimentação, o sono, o estudo e os papéis sociais. A sua prevalência e o sinal recorrente com que se manifesta constituem problemas sérios de saúde da população infantil e juvenil, sendo mesmo considerada uma epidemia silenciosa.
A Direccão-Geral de Saúde, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares celebraram, em Julho de 2011, um protocolo que visa desenvolver acções de promoção da leitura, da felicidade, do saber e da saúde, no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, Plano B.
Criámos em conjunto com uma série de parceiros privados, materiais e actividades de leitura e da aprendizagem, com que queremos contribuir para a alteração dos comportamentos ligados à saúde oral. A integração curricular, já testada com sucesso em outros países e contextos, [múltiplos estudos demonstram que os alunos aprendem melhor quando a aprendizagem está interligada] vai permitir aos alunos abordarem as diversas áreas temáticas de uma forma mais rica, competente e eficaz: unidades ou projetos baseados em saúde oral podem fornecer contextos intencionais para aprender e praticar a arte da linguagem, da escrita, capacidades matemáticas e criativas.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Nunca é demais relembrar.
10 de outubro, assinala-se o
Dia Mundial contra a Pena de Morte
|
Autor: Joana Teles
|
Quarta, 10 Outubro 2012 00:00
|
Hoje, 10 de outubro, assinala-se o Dia Mundial
Contra a Pena de Morte, uma data que pretende defender a vida, pedra basilar
dos direitos humanos. Hoje, celebra-se também o Dia Mundial da Saúde Mental.
O primeiro
Dia Mundial Contra a Pena de Morte foi celebrado em 2003, em resultado de uma
iniciativa de organizações não-governamentais internacionais, organizações
jurídicas e governos locais de todo o mundo.
Desde
então, diversas organizações de países de todo o mundo levam a cabo ações de
sensibilização contra a pena de morte, através da coordenação de esforços de
pressão internacional, para sensibilizar os estados que ainda aplicam esta
pena.
A
Organização das Nações Unidas, na Assembleia Geral de 2007, também repudiou a
legalidade e uso da pena capital, incentivando os países a tomarem medidas.
A União
Europeia concordou com a decisão da ONU e, atualmente, todos os países
consideram a pena de morte ilegal. E Portugal foi o primeiro país do mundo a
abolir a pena de morte na Lei Constitucional, após a reforma penal de 1867.
A esse
propósito, o poeta francês, estadista e ativista pelos direitos humanos,
Victor Hugo escreveu: “Está pois a pena de morte abolida nesse nobre
Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa
nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa
glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a
vida!”.
Hoje, no
Dia Mundial Contra a Pena de Morte, assinala-se esta lição que Portugal deu
ao mundo e, acima de tudo, na defesa do direito à vida.
Nasceram a
10 de outubro Antoine Watteau, pintor francês (1684), Lambert Sigisbert Adam,
escultor francês (1700), Henry Cavendish, cientista britânico (1731),
Giuseppe Verdi, compositor de óperas italiano (1813), David Lee Roth, músico
norte-americano, vocalista dos Van Halen (1954) e Miguel Falabella, ator e
diretor brasileiro (1956).
Morreram
neste dia Abel Tasman, navegador e explorador holandês, que descobriu a
Tasmânia (1659), Hermann Einstein, pai do cientista Albert Einstein (1902),
Edith Piaf, cantora francesa (1963), Orson Welles, cineasta e ator
norte-americano (1985), Christopher Reeve, ator norte americano, o mais
famoso Super-Homem do cinema (2004) e Solomon Burke, cantor e compositor
norte-americano (2010).
|
ABOLIÇÂO DA
PENA DE MORTE EM PORTUGAL
(Lei de 1 de
Julho de 1867)
Síntese
histórica
A abolição
da pena de morte para os crimes políticos foi proposta na sessão de 10 de Março
de 1852 da Câmara dos Deputados, em Aditamento ao Ato Adicional à Carta
Constitucional. Iniciada a discussão em 29 de Março, as divergências incidiram
apenas sobre o processo legislativo. Relativamente à questão de fundo, o
representante do Governo sintetizou o que parecia corresponder ao sentimento
unânime da Câmara: "...porque felizmente entre nós a pena de morte para os
crimes políticos está abolida nos corações de todos; e se, porventura,
aparecesse hoje entre nós, um Nero, ou um Calígula, não teria força para a
impor; e ainda bem que damos ao mundo um exemplo de tolerância que muito nos
honra".
A proposta
foi aprovada e a abolição da pena de morte por crime político passou a constar
do artigo 16º do Ato Adicional à Carta Constitucional (5 de Julho de 1852).
Sabe-se que,
desde 1834, não fora executada pena capital pela prática de crime político.
A partir
daí, a questão da abolição da pena de morte para os restantes crimes foi
levada, por diversas vezes, às câmaras.
Não foi
possível reunir consenso à roda da proposta nem nesta altura nem no ano
seguinte mas, em 1867, viria a ser aprovada uma lei que aboliu a pena de morte
para todos os crimes, excetuados os militares - Lei de 1 de Julho de 1867.
Relativamente
a crimes do foro militar, a pena de morte manteve-se até ao Decreto com força
de lei de 16 de Março de 1911 que a aboliu, vindo a Constituição de 1911 a
prever que em nenhum caso poderia ser estabelecida tal pena.
Uns anos
mais tarde, a participação de Portugal na guerra levaria, pela lei nº 635, de
28 de Setembro de 1916, a restabelecer a pena de morte para "caso de
guerra com país estrangeiro, em tanto quanto a aplicação dessa pena seja
indispensável, e apenas no teatro de guerra".
Com redação
ligeiramente diferente, este regime vigorou até à Constituição de 1976 que, no
nº 2 do artigo 24º, estabeleceu que "em caso algum haverá pena de
morte".
O movimento
abolicionista foi estimulado por disposições introduzidas nas leis judiciárias
(Reforma Judiciária, Nova Reforma Judiciária e Novíssima Reforma Judiciária)
que impunham o recurso obrigatório à clemência régia em todos os casos de
sentenças capitais proferidas por tribunais portugueses.
A última
execução de pena de morte por motivo de delitos civis ocorreu em Lagos, em
Abril de 1846.
Curiosamente,
remonta a 1 de Julho de 1772 a data em que é executada pela última vez uma
mulher. Chamava-se Luísa de Jesus, tinha 22 anos e assassinara 33 expostos que
ia buscar à roda de Coimbra, uns em seu nome, outros em nome suposto, para se
locupletar com o enxoval e os 600 réis que correspondiam a cada entrega.
No que se
refere a crimes militares, a última execução terá ocorrido em França, na pessoa
de um soldado do Corpo Expedicionário Português, condenado por espionagem.
Portugal foi
pioneiro na abolição da pena de morte e na renúncia à sua execução mesmo antes
de abolida.
No colóquio
internacional comemorativo do centenário da abolição da pena de morte,
realizado em Coimbra, em 1967, Miguel Torga e Vergílio Ferreira falaram assim:
Miguel
Torga:
"A
tragédia do homem, cadáver adiado, como lhe chamou Fernando Pessoa, não
necessita dum remate extemporâneo no palco. É tensa bastante para dispensar um
fim artificial, gizado por magarefes, megalómanos, potentados, racismos e
ortodoxias. Por isso, humanos que somos, exijamos de forma inequívoca que seja
dado a todos os povos um código de humanidade. Um código que garanta a cada
cidadão o direito de morrer a sua própria morte".
Vergílio
Ferreira:
"...E
acaso o criminoso não poderá ascender à maioridade que não tem? Suprimi-lo é
suprimir a possibilidade de que o absoluto conscientemente se instale nele.
Suprimi-lo é suprimir o Universo que aí pode instaurar-se, porque se o nosso
"eu" fecha um cerco a tudo o que existe, a nossa morte é
efetivamente, depois de mortos, a morte do universo".
A pena de
morte no mundo
Nos fins de
1990, só 36 países tinham abolido a pena de morte, enquanto 27 a mantinham sem
a aplicar e 99 a conservavam com plena eficácia.
Os números
divulgados pela Amnistia Internacional relativos a 1995 mostram que foram
executadas, naquele ano, no mínimo, 2932 pessoas, em 41 países, e condenadas à
morte 4165 em 79 países.
No decurso
do mesmo ano, a África do Sul aboliu a pena de morte para crimes comuns e as
Ilhas Maurícias e a Espanha para todos os crimes.
Ainda
segundo a Amnistia Internacional, no fim de 1995, mais de metade dos países
tinha abolido a pena de morte na lei ou na prática.
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