segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Concurso"Ler o Mar"


Concurso MAR Ler


Regulamento do Concurso
 
1.        O Concurso «LeR o MAR» é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura, em parceria com a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) e com o apoio do Banco Popular. Esta iniciativa enquadra-se na 7ª Edição da Semana da Leitura e tem como temática central o MAR.
 
2.        O Concurso desenvolve-se no quadro dos objectivos gerais definidos para a Semana da Leitura 2011:
§  Promover e dar visibilidade à leitura e à escrita, na comunidade escolar;
§  Promover a transversalidade curricular, desenvolvendo um trabalho colaborativo que mobilize um conjunto articulado de saberes que vão da língua portuguesa, às ciências e às artes;
§  estimular a imaginação e o trabalho em equipa entre os docentes e entre as crianças e os jovens.
 
3.        O público-alvo do concurso são as crianças da educação pré-escolar e os alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, abrangendo os estabelecimentos de educação e de ensino das redes pública e privada.
 
4.        Os trabalhos a desenvolver devem ter em conta as orientações relativas à Semana da Leitura, nomeadamente:
"   considerar um ou vários dos motes propostos;
"   enquadrar-se numa ou em várias áreas relacionadas com a temática da Semana da Leitura – o MAR (ver sugestões).
  
4.1. Às crianças da educação pré-escolar é proposta:
a)            a recolha/exploração de um ou mais provérbios  ou lengalengas relacionados com o mar a realizar pelo coletivo das crianças de uma sala;
b)            a recolha e exploração de provérbios ou lengalengas pode ter como ponto de partida uma história ouvida ou lida sobre o MAR, devendo ser referido o título e a autoria da mesma;
c)             as reflexões e questões abordadas com as crianças deverão ser registadas/ recontadas através de desenhos, colagens, pinturas ou outras técnicas que se enquadram na produção de trabalhos de expressão plástica;
d)           O trabalho final deve ser registado em fotografia ou em vídeo.
      4.2. Aos alunos do 1º ciclo do ensino básico é proposta:
a)           a elaboração de uma história (por exemplo banda desenhada) que alie texto e imagem e que tenha como ponto de partida uma história previamente lida (identificada com título e autoria).
b)                    a ilustração poderá realizar-se a partir de desenhos, colagens, pinturas ou
       outras técnicas que se enquadram na produção de trabalhos de expressão  
       plástica.
      4.3. Aos alunos do 2º ciclo do ensino básico é proposta:
a)                    a construção de um texto jornalístico  (notícia ou entrevista) que mobilize     
      diversas áreas curriculares na abordagem dos motes e das áreas   
      relacionadas com a Semana da Leitura;
b)                    ao texto podem aliar-se imagens originais que o ilustrem, através do 
      recurso a materiais e a técnicas plásticas ou gráficas diversas.
      4.4. Aos alunos do 3º ciclo do ensino básico é proposta:
a)                    a construção de um texto jornalístico – reportagem – que mobilize     
      diversas áreas curriculares na abordagem dos motes e das áreas      relacionadas com a Semana da Leitura;

b)                    ao texto podem aliar-se imagens originais que o ilustrem, através do 
      recurso a materiais e a técnicas plásticas ou gráficas diversas.
      4.5. Aos alunos do ensino secundária é proposta:
a)                    a construção de um texto argumentativo que mobilize diversas áreas
      curriculares na abordagem dos motes e das áreas relacionadas com a
     Semana da Leitura;
b)                    ao texto podem aliar-se imagens originais que o ilustrem, através do 
      recurso a materiais e a técnicas plásticas ou gráficas diversas.
 
5.         Cada agrupamento ou escola não agrupada seleciona os trabalhos realizados pelas crianças e pelos alunos, escolhendo um único trabalho por cada nível de educação e de ensino para apresentar a concurso (educação pré-escolar/ 1º ciclo do ensino básico/ 2º ciclo do ensino básico/ 3º ciclo do ensino básico/ ensino secundário).
 
6.       Calendarização
      Dezembro de 2012
§  lançamento do concurso e divulgação da respetiva informação junto dos estabelecimentos de educação e de ensino;
 Janeiro e Fevereiro de 2013
§   inscrição da escola/ do agrupamento no SIPNL;
§   elaboração dos trabalhos;
§   seleção pelo agrupamento/ escola não agrupada de um trabalho por nível/ciclo de educação e de ensino a apresentar a concurs
   Março de 2013
§  envio pela escola sede do agrupamento/ escola não agrupada do(s) trabalhos(s) selecionado(s), por nível/ciclo de educação ou de ensino, para o endereço concursos@pnlonline.net;
Abril e Maio de 2013
§   análise e seleção, pelo júri, dos trabalhos apresentados a concurso;
Junho de 2013
§   divulgação dos vencedores – 1 por cada nível/ciclo de educação e de ensino
§   entrega de prémios aos vencedores.
 
7.        São admitidos a concurso:
a)       ao nível da educação pré-escolar, trabalhos coletivos realizados pelo conjunto de crianças de uma mesma sala;
b)       ao nível dos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, trabalhos individuais.
 
8.      Entre 1 e 31 de Março de 2013, cada trabalho selecionado pelos agrupamentos/ escolas não agrupadas (um trabalho, por nível/ciclo de educação e/ou de ensino) deve ser apresentado, via correio eletrónico, para o endereço concursos@pnlonline.net.
8.1.     Cada mensagem de correio electrónico deve incluir apenas um trabalho,
          gravado como imagem, texto, áudio ou vídeo, não devendo exceder 1GB.
 
 
8.2.          No corpo de cada mensagem, têm obrigatoriamente que ser indicadas: 
- designação do concurso;
- identificação do professor responsável e respetivos contactos;
- identificação do agrupamento;
- identificação da escola;
- identificação da(s) criança(s) ou do/a aluno/a (autores/as dos trabalhos);
- identificação do nível/ ciclo de educação ou de ensino.
9.         No final de Maio de 2013, serão divulgados os vencedores do Concurso «LeR o MAR».

10.    Serão atribuídos prémios aos autores dos trabalhos vencedores (crianças e jovens) 
       e às escolas/ agrupamentos que estes frequentam.
10.1.                  Os prémios divergem em função dos níveis/ ciclos de educação e de ensino:
a)    Às crianças da educação pré-escolar, será atribuído «Um dia de Aventuras»;
b)         À/Ao aluna/o do 1º ciclo do ensino básico, serão atribuídos € 150,00;
c)         À/Ao aluna/o do 2º ciclo do ensino básico, serão atribuídos € 200,00;
d)         À/Ao aluna/o do 3º ciclo do ensino básico, serão atribuídos € 250,00;
e)         À/Ao aluna/o do ensino secundário, serão atribuídos € 300,00.
10.2.                   À(s)  sede(s)  de  agrupamento/  escola(s) não agrupada(s) serão atribuídos   
          € 400,00 para a aquisição de títulos para as suas Bibliotecas Escolares.
11.             Os autores dos trabalhos, ao participarem no concurso, cedem os direitos de reprodução e utilização das imagens/ trabalhos ao Plano Nacional de Leitura, à Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental e ao Banco Popular, os quais podem ser utilizados como conteúdos de comunicação e de divulgação por cada uma das instituições.
 
12.              O Plano Nacional de Leitura, a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental e o Banco Popular reservam-se o direito de não admitirem a concurso os trabalhos que não cumpram integralmente as condições descritas neste Regulamento.
 
13.              O Júri do Concurso será constituído por um representante do Plano Nacional de Leitura, um representante da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, um representante do Banco Popular e especialistas relacionados com as áreas abordadas nos trabalhos em causa.
13.1.    Na avaliação dos trabalhos, o júri terá em conta critérios como a relação entre os motes e as áreas, o rigor linguístico, o rigor científico, a originalidade e a criatividade.
 
14.              Os trabalhos premiados serão divulgados nos sítios do Plano Nacional de Leitura, da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental e do Banco Popular.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Teresa Calçada

<strong>Domínio</strong>: Rede Nacional de Bibliotecas Escolares <br /><strong>Missão</strong>: Promover a leitura
Por

O mundo de Teresa Calçada é feito de palavras mas, no caso, são os números que dizem tudo. Há 13 anos, altura em que esta professora de Filosofia foi coordenar o Gabinete do Programa Rede de Bibliotecas Escolares, eram poucas as bibliotecas dignas do nome. Hoje existem 2100. Quase todas as escolas, do básico ao secundário, contam com um espaço vivo e vivido onde o livro tem destaque, mas nem sempre protagonismo. “Continua a haver livros, mas eles coabitam com redes de informação e conhecimento. As bibliotecas do século XXI são espaços multimédia, centros pedagógicos de incentivo à leitura, possível através de diferentes recursos”, explica a coordenadora do projecto, justificando a presença de computadores, televisões, jornais e revistas. “O ambiente não é semelhante ao de uma sala de aula”, diz, e os catálogos que tem sobre a mesa provam isso mesmo. “Não são escolas da Finlândia”, diz en passant, enquanto enumera as valências que fazem das bibliotecas um espaço fundamental na relação aluno-professor. “Somos mutantes nesta geração digital, mas os nossos alunos não. Por isso, temos de adoptar uma atitude pegagógica que acompanhe a aprendizagem.” É preciso contrariar a ideia de que as bibliotecas são um sítio cinzento e (demasiado) silencioso: “Se não forem úteis, as bibliotecas deixam de ser precisas. E elas só são úteis se tiverem o que os alunos precisam.” Seja a Apologia de Sócrates ou a ligação ao Facebook.
 
Realização: Joana Lestouquet  .  Fotografia: Pedro Bettencourt  .  Maquilhagem: Isabel Marcelino  .  Agradecimentos: MaxMara, MAX&Co, Susana Bettencour

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Autor do mês Miguel Torga


O "nosso" MIGUEL TORGA

 
Nasceu em S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, em 12.8.1907 e faleceu em 17.1 1995, sendo sepultado na aldeia natal. De seu nome completo Adolfo Correia da Rocha, adoptou o pseudónimo de Miguel Torga porque "eu sou quem sou.
Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raízes em rochas duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico, característico da nossa península"... Feita a 4ª classe com distinção, o pai disse-lhe: "tens de escolher... aqui não te quero. Por isso resolve: ou o seminário de Lamego ou Brasil". Daí a pouco lá ia o rapaz rumo a Lamego: "ía na frente, de fato preto, montado, a segurar o baú de roupa que levava diante de mim. Meu pai e minha mãe vinham atrás, a pé, ele com os ferros da cama às costas e ela de colchão e cobertores à cabeça", contará mais tarde em A Criação do Mundo. Aí esteve um ano. Chegou a ajudar à missa, durante as férias, com grande enlevo para a mãe. Mas a decisão era outra. O Brasil era a única saída. Partiu em 1920. "Ficou em casa de uma tia que lhe impôs como obrigação, em todos os dias carregar o moinho, mungir as vacas que davam leite para a casa, tratar dos porcos, prender as crias das vacas, curar bicheiros e procurar pelos matagais as porcas e as reses paridas". Um ano depois estava de regresso a Portugal. O tio prontificara-se a fazer dele um médico, custeando-lhe os estudos, em Coimbra. Aos 24 anos estava formado. Especializou-se em Otorrinolaringologia. Começou por exercer clínica geral na sua aldeia. A experiência foi negativa. Instalou-se em Leiria, de que gostava. Mas por causa das tipografias, optou por voltar a Coimbra. Depois de uma vida amorosa repartida, pelos sítios, por onde passava, acabou por casar pelo civil com a Prof. universitária (de Coimbra), a belga André Cabrée: "vou tentar ser bom marido, cumpridor. Mas quero que saibas, enquanto é tempo, que em todas as circunstâncias te troco por um verso" (confessará em A Criação do Mundo, V). Entre a passagem pelo seminário e a ida para o Brasil ainda foi caixeiro num estabelecimento comercial, no Porto. Foi sempre um homem, socialmente difícil. Pouco comunicativo, falando com mais convicção do que razão. "Uma das facetas menos atraentes do carácter de M.T. é a sua forretice. Chega a comprar livros com exemplares dos seus. De Leiria a Coimbra viajava sempre em 3ª classe. Foi ao estrangeiro, por diversas vezes, percorrendo boa parte da Europa, aproveitando sempre boleia de dois amigos. Quase não oferece livros a ninguém, recusa dedicatórias e autógrafos, nunca confiou o seus livros a nenhuma editora, preferindo sempre "edições do autor", com pequena tiragem e no papel mais barato possível." (Antônio Freire, in Lendo M.T.). Na gráfica onde fazia os seus livros, ao seu amigo Pe. Valentim que lhe ajudava nas tarefas tipográficas fazia "um preço cristão". Na clínica usava sempre o mesmo ritual: uma bata branca. Só comprou televisão após o 25 de Abril para ouvir as notícias. Não tinha telefone em casa para não lhe interromperem o trabalho (José C. Vasconcelos, in JL, 6-12 de Junho de 1989). O material que "manda para a tipografia leva vários remendos colados uns sobre os outros. Chegam a ter umas sete e oito colagens. Por causa de uma vírgula é capaz de passar uma noite sem dormir". Dedicava-se à caça, algumas vezes, nos montes da sua região. Quando ali trabalhava, chegava da caça e dava consulta com a roupa com sangue que trazia dos montes. Era a mãe que lhe chamava a atenção. Com a entrada para a Universidade, em 1928, deu início à sua obra, publicando dois livros: Ansiedade (que logo esgotou). Somente voltou a ser mencionado na Antologia Poética (1981). Rampa (1930) teve um destino idêntico. Os seus adversários da época chegavam a acrescentar-lhe um T, antes do título. Ambos esses livros saíram com nome próprio. Em 1936 aparece, pela primeira vez com o seu pseudónimo em O outro livro de Job, de que faz apenas edições de 300 exemplares. Desde aí até fins de 1994 escreveu uma obra vasta e marcante, em poesia, prosa, teatro. Alguns dos seus livros, como Bichos tiveram já mais de vinte edições. Deixou 16 volumes dos seus Diários. Muitas obras suas foram traduzidos nas principais línguas de todo o mundo, incluindo em chinês. Foi muitas vezes apontado como sério candidato ao Prémio Nobel da Literatura. Ganhou o prémio Luís de Camões, no valor de 10 mil contos (1989). Chegou a ser preso pela PIDE. Algumas vezes teve vontade de sair do país: "Mas abandonar a Pátria com um saco às costas? Para poder partir teria de meter no bornal o Marão, o Douro, o Mondego, a luz de Coimbra, a biblioteca e as vogais da língua. Sou um prisioneiro irremediável numa penitenciária de valores tão entranhados na minha fisiologia que, longe deles, seria um cadáver a respirar". Queriam fazer dele um socialista, quando se deu o 25 de Abril de 1974. Nunca se filiou em partido algum: o meu partido é o mapa de Portugal. Sobre a descolonização escreveria: fomos descobrir o mundo em caravelas e regressámos dele em traineiras. Afanfarronice de uns, a incapacidade de outros e a irresponsabilidade de todos deu este resultado: o fim sem a grandeza de uma grande aventura. Metade de Portugal a ser o remorso da outra metade. Em 1996 foi fundado o Círculo Cultural Miguel Torga, com sede em S. Martinho de Ama.
Poeta, ficcionista e ensaísta. É o pseudónimo literário do médico Adolfo Correia da Rocha, nascido em S. Martinho de Anta, aldeola perdida na província nordestina de Trás-os-Montes. Aos 13 anos abandona o Seminário de Lamego para embarcar para o Brasil, onde vive cinco anos com um tio, trabalhando numa fazenda (Minas Gerais). Regressando a Portugal, completa em três anos o curso dos liceus, matriculando-se depois na Faculdade de Medicina de Coimbra, onde, em 1933, finaliza o curso. em 1939, fixa-se definitivamente em Coimbra. A partir de 1927, Torga associa-se a alguns camaradas (José Régio, João Gaspar Simões, Casais Monteiro, Vitorino Nemésio, Branquinho da Fonseca e Carlos Queiroz entre outros) que, através da revista Presença aderiram à Revolução Modernista. Em 1930, porém, rompe definitivamente com a Presença por duas vezes mais, intentou poetizar em grupo (as revistas Sinal, em 1930 e, mais tarde, Manifesto), mas acabou por desistir quando concluiu que a autenticidade poética é demasiado sublime e exige o máximo de pureza e fidelidade pessoal, Daí por diante, no seu monasticismo conimbricense, intentará "ser de todos", em vez de "camarada de poucos". Poesia de resistência e cântico de liberdade, Diário (doze volumes publicados desde 1941) de "um contemporâneo de Hesíodo", no dizer de Sophia de Mello Breyner, que é também um contemporâneo da "Morte de Deus" e do esmagamento do Homem por totalitarismos ferozes, toda a obra de Torga anseia pela descoberta de caminhos novos para o reino das coisas belas e possíveis, incluindo o amor entre os homens. Orfeu rebelde, e possíveis, incluindo o amor entre os homens. Orfeu rebelde, Torga é, no dizer de David Mourão-Ferreira, a "reencarnação de um poeta mítico por excelência - daquele que vive na intimidade das forças elementares (a terra, o sol, o vento, a água) para celebrá-las com o seu canto - e alto exemplo de constante rebeldia, numa atmosfera que pretende asfixiá-lo".
 
Prosa:
Pão Ázimo, 1931
A Terceira Voz, 1934
A Criação do Mundo, os Dois Primeiros Dias, 1937
O Terceiro Dia da Criação do Mundo, 1938
O Quarto Dia da Criação do Mundo, 1939
Bichos, 1940
Contos da Montanha, 1941
O Senhor Ventura, 1943
Um Reino Maravilhoso, 1941
Trás-os-Montes, 1941
Conferência, 1941
Rua, 1942
Portugal, 1950
Pedras Lavradas, 1951
Novos Contos da Montanha, 1944
Vindima, 1945
Romance:
Traço de União, 1955
O Quinto Dia da Criação do Mundo, 1974
Fogo Preso, 1976
O Sexto Dia da Criação do Mundo, 1981
Teatro:
Terra Firme, 1941
Mar, 1941
O Paraíso, 1949
Sinfonia, 1947
Poema Dramático, 1946
Poesia e Prosa:


Diário (1º Volume), 1941
Diário (2º Volume), 1943
Diário, (3º Volume), 1946
Diário, (4º Volume), 1949
Diário, (5º Volume), 1951
Diário, (6º Volume), 1953
Diário, (7º Volume), 1956
Diário, (8º Volume), 1959
Diário, (9º Volume), 1964
Diário, (10º Volume), 1968
Diário, (11º Volume), 1973
Diário, (12º Volume), 1977
Antologia Poética, 1981.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dia S.Martinho

Dia de S. Martinho
    O Dia de S. Martinho comemora-se a 11 de Novembro.
    Neste dia, no nosso país, assam-se as castanhas e prova-se o vinho novo.

    A tradição manda que o dia de S. Martinho se festeje com castanhas, água-pé (para os mais crescidos), uma fogueira para saltar (quem quiser) e bom convívio.


  • O Dia de S. Martinho faz-nos lembrar a sua lend

    O "Verão" de S. Martinho também é conhecido por "Verão dos Marmelos".


  • Magusto:
    É a festa em que se assam as castanhas (que se recolhem nesta altura) e se convive. Tem a ver com o momento em que, depois da vindimas, nos meses de Setembro e Outubro, o vinho está pronto e se prova.

  • Dois provérbios:
    - No dia de S. Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho. ou
    - No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
    - No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.

  • Assar castanhas:

    Como se preparam as castanhas para assar?
    - Molham-se (não tem que ser, mas ajuda a que o sal agarre).
    - Dá-se um golpe em cada uma (retalhar).
    - Põe-se sal.
    - Põe-se um pouco de erva-doce (dá um sabor muito bom).
    - Põem-se dentro do fogareiro (ou num tabuleiro no forno, ou no calor de uma fogueira).

    Quanto tempo demoram as castanhas a assar?
    Um quarto de hora, aproximadamente.

  • A castanha:
    A castanha é um fruto que vem de uma árvore: o castanheiro. Um conjunto de castanheiros chama-se souto.

    No norte de Portugal é que os castanheiros se dão melhor, e é de lá que vêm as castanhas para vender no País todo.

    A castanha está na árvore protegida por uma bola cheia de picos que se chama "ouriço". Quando chega o Outono, o ouriço abre e deixa cair a castanha no chão.

    Antes de a batata chegar à Europa e se espalhar por todo o lado (séc. XVII), a castanha era a base da alimentação, especialmente no campo.

    Pode cozer-se, assar-se, fazer-se em puré, fazer-se sopa com ela, doce, etc.
Lenda do São Martinho
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França.

Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.

Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.

De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.

Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.

Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.

É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.