Teresa Calçada
<strong>Domínio</strong>:
Rede Nacional de Bibliotecas Escolares <br
/><strong>Missão</strong>: Promover a leitura
O mundo de Teresa Calçada é feito de palavras mas, no caso, são
os números que dizem tudo. Há 13 anos, altura em que esta professora de
Filosofia foi coordenar o Gabinete do Programa Rede de Bibliotecas
Escolares, eram poucas as bibliotecas dignas do nome. Hoje existem 2100.
Quase todas as escolas, do básico ao secundário, contam com um espaço
vivo e vivido onde o livro tem destaque, mas nem sempre protagonismo.
“Continua a haver livros, mas eles coabitam com redes de informação e
conhecimento. As bibliotecas do século XXI são espaços multimédia,
centros pedagógicos de incentivo à leitura, possível através de
diferentes recursos”, explica a coordenadora do projecto, justificando a
presença de computadores, televisões, jornais e revistas. “O ambiente
não é semelhante ao de uma sala de aula”, diz, e os catálogos que tem
sobre a mesa provam isso mesmo. “Não são escolas da Finlândia”, diz en
passant, enquanto enumera as valências que fazem das bibliotecas um
espaço fundamental na relação aluno-professor. “Somos mutantes nesta
geração digital, mas os nossos alunos não. Por isso, temos de adoptar
uma atitude pegagógica que acompanhe a aprendizagem.” É preciso
contrariar a ideia de que as bibliotecas são um sítio cinzento e
(demasiado) silencioso: “Se não forem úteis, as bibliotecas deixam de
ser precisas. E elas só são úteis se tiverem o que os alunos precisam.”
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