A Helena e os cães
Era uma vez uma menina chamada
Helena que queria muito ter um cão, mas o seu pai não gostava de cães em casa.
Um dia a Helena estava a passear
num jardim, perto de sua casa, quando reparou num cão por detrás dos arbustos.
Achou que ele tinha um ar furioso, ficou muito aflita e pôs-se a correr. Logo
adiante tropeçou numa pedra e caiu. Pensou que não ia escapar, manteve-se o
mais quieta que pôde e olhou na direção do cão. Este lá continuava, sem se
mexer.
Criou coragem, levantou-se,
sacudiu a saia e as meias e dirigiu-se, com passo lento, para o local onde se
encontrava o cão. Estendeu a mão, com a intenção de lhe fazer uma festinha, mas
ele arreganhou-lhe os dentes.
Helena retirou-se e encaminhou-se
para casa. Os dias foram passando e, sempre que passava naquele local, Helena
deixava qualquer coisa de comer para o “seu amigo”.
Certa vez, quando voltava da
escola, Helena tirou da lancheira o seu pão com fiambre, tinha fome, mas não
lhe apetecia o fiambre. Decidiu que comeria o pão e deixaria o fiambre para o
cão, se ele ainda lá estivesse.
Avistou o lugar e lá estava ele,
chegou mais perto e pousou o fiambre numa touça de erva, mas quando se levantou
ficou pasmada com o que viu. Atrás do seu amigo havia um outro cão, com um
olhar meigo e triste. Estava ferido numa pata e Helena não pensou duas vezes.
Pegou no seu telemóvel e ligou ao pai que, por sinal ficou muito preocupado
porque pensou que tinha acontecido alguma coisa a Helena. Esta sossegou-o e
explicou-lhe tudo, pediu que procurasse um veterinário e fosse ter àquele
sítio.
Daí a alguns minutos, o pai
chegou com o veterinário que levou os cães para a clínica e tratou dos
ferimentos. Como não apareceram os donos, a família de Helena passou de dois
para quatro elementos.
Inês e David, 6ºB
Amizade única
Era uma vez um senhor a quem todos chamavam Manel, vivia e
trabalhava numa quinta, onde para além dos animais de estimação, também tinha
um enorme rebanho de ovelhas, por isso, teve necessidade de contratar um pastor
para o guardar.
Certo dia, deu conta que a sua casa estava infestada de ratos
e começou a colocar, em todos os cantos, as armadilhas para os apanhar. Não
conseguia livrar-se deles. Então pensou em arranjar um gato que pudesse dar
conta da infestação dos ratos.
Assim fez e o gato cumpriu a sua missão. Pela sua bravura,
Manel deu-lhe o nome de Juba e tornaram-se muito amigos. O Manel gostava da sua
companhia e pensou que o seu cão Rex também poderia gostar de Juba. Juntaram-se os três no terreiro da quinta e
Manel ficou surpreendido com a atitude dos dois – parecia que se conheciam há
anos e enquanto ali estiveram não pararam de brincar um com o outro, aparentava
uma amizade à primeira vista!
Certo dia, o Manel foi à sua horta e viu uma raposa que
andava por lá, talvez à cata das galinhas cujo capoeiro ficava mesmo por trás.
Manel começou a gritar com a raposa e esta, aflita por ter sido vista, mordeu o
Manel e fugiu.
Juba e Rex tinham ouvido os gritos de Manel e largaram a
correr na sua direção. Quando chegaram junto do dono, viram a raposa a correr
lá ao fundo e lançaram-se os dois numa correria sem fim, até que a apanharam.
Começaram a lutar com ela, mas repararam que não se defendia.
Pasmados, pararam de lutar e ficaram uns instantes a observar
o olhar meigo e assustado da raposa. Repararam que logo ao seu lado, entre umas
giestas quase a florir, estavam dois raposinhos muito pequeninos. Juba e Rex
sentiram uma grande alegria e perceberam que a raposa apenas queria arranjar
comida para os seus filhotes.
Voltaram à quinta e levaram a comida que lhes tinha sido dada
para eles comerem até à raposa e aos raposinhos. Viram-nos comer e ficaram
felizes, mas lembraram-se do dono que devia estar à procura deles e não sabiam
se ele precisava de ajuda por causa do ferimento.
Felizmente, quando chegaram à entrada da cozinha, Manel
estava sentado nas escadas e afagou-lhes o pelo. Então eles perceberam que ele
estava bem e continuaram com as suas brincadeiras habituais.
Nuno e Martim, 6ºB
O Touro, Duarte
Era uma vez um pequeno touro, chamado
Duarte.
O seu pai era um touro muito forte e
um grande lutador nas touradas.
Um dia, o pai de Duarte foi levado
par uma tourada famosa, mas terrível!
- Bom, deseja-me sorte, filho! –
pediu o seu pai, sorrindo.
- Boa sorte, pai! Espera…! Também
posso ir contigo para assistir?
- É claro! Mas fica ao pé dos outros
touros!
E assim foi. A tourada começou e no
meio de aplausos, de vivas e de música, Duarte pressentiu que algo de mau ia
acontecer. A certa altura, já quase no final da tourada, o cavaleiro deu o golpe
final no touro, acabando por matá-lo. Recebeu muitos aplausos e fez muitas
vénias para o público. Duarte correu para a arena para junto do pai, ficou
devastado, mas não teve muito tempo para se despedir, já um grupo de forcados
tirava todos os touros da arena.
Quando saiu dali, Duarte desatou a
correr e ninguém o conseguiu apanhar. Quando deu por si, estava num campo
repleto de flores e erva fresca onde, ao fundo, havia uma casinha na qual vivia
uma menina ainda pequena e o seu pai.
A menina estava debruçada a apanhar
flores e, quando se levantou, deparou-se com Duarte, que se afastou, cheio de
medo. A menina achou-o simpático e, carinhosamente, começou a conversar com
ele. Perguntou-lhe porque estava receoso e triste e ele contou-lhe o que tinha
acontecido. Ficaram amigos, a menina gostava muito de conversar e passear pelo
campo com Duarte que também se foi afeiçoando à menina.
Um dia, a menina pediu ao pai se
podia ficar com Duarte e o pai concordou.
Para além de o achar um animal
adorável, a menina tinha arranjado um ótimo amigo.
Beatriz e Eva, 6ºB
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